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Adiantada, safra da cana deve terminar no início de novembro

As condições climáticas favoráveis à colheita deverão fazer com que a safra da cana-de-açúcar seja concluída com aproximadamente 45 dias de antecedência em relação aos anos anteriores. De acordo com a Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo) a colheita, iniciada oficialmente em 1º de abril, será encerrada entre o fim de outubro e as primeiras semanas de novembro — em geral, ela se encerra em dezembro. Até o momento, 75% da cana plantada na região de Piracicaba já foi colhida, contra os 60% registrados ante o mesmo período de 2015.
 
A estimativa da cooperativa é de que, até o fim da safra, sejam colhidas 25 milhões de toneladas de cana nos 70 municípios que compõem a regional. O volume considera tanto fornecedores quanto usinas. De toda a cana processada atualmente, 55%tem sido destinada à produção de açúcar e 45% para etanol. A antecipação do fim da colheita foi causada pela estiagem, que facilita o trabalho do maquinário que executa o serviço.
 
“O atual período de estiagem é bastante favorável porque a colheita não é interrompida e acaba sendo realizada com agilidade. Porém, a falta de chuva pode prejudicar a cana da safra seguinte, soca e a recém-plantada, impedindo que ela comece a brotar. Esta é uma questão delicada, porque na safra precisa parar de chover, mas, ao mesmo tempo, quem está plantando ou já colheu, precisa de chuva para que a cana se desenvolva adequadamente”, afirmou Arnaldo Antonio Bortoletto, presidente da Coplacana.
 
Conforme Bortoletto, o clima seco prejudicou o desenvolvimento da cana-de-açúcar. “De forma geral, a produtividade registrada no campo tem sido inferior à verificada na safra passada. A quebra de produtividade da atual safra é de cerca de 13%, mas a tendência é de aumentar um pouco, porque a cana que foi plantada no fim da safra passada está sendo colhida agora e enfrentou um período chuvoso, o que dificultou a colheita, e ocorreu compactação de solo. Os meses de janeiro e fevereiro foram ótimos para o desenvolvimento da cana-de-açúcar, mas ocorreram dias nublados que acabaram prejudicando seu desenvolvimento”, afirmou.
 
Apesar da produtividade reduzida, a remuneração do produtor tem ficado acima do esperado, permitindo cobrir os custos, apontou o presidente da cooperativa. O ATR (Açúcar Total Recuperável) da cana, que é usado como base para pagamento dos produtores, encerrou julho cotado a R$ 0,6028 — há um ano o valor era de R$ 0,4734.
 
De acordo com a cooperativa, na base regional, 18 usinas e engenhos estão moendo cana nesta safra. Atualmente, existem cerca de 450 mil hectares de cana plantados na macrorregião de Piracicaba, sendo que, deste total, 46 mil hectares estão no município.
 
Fonte: Jornal de Piracicaba